segunda-feira, 26 de março de 2012

O novo popular

Foi-se, enfim, o tempo em que a gente se estapeava para comprar um carro 0km totalmente pelado por um preço mais alto e gastava anos o equipando.

Com o aumento da renda per capita dos capixabas, as revendas têm registrado um decréscimo na venda dos pés-de-boi(populares, pelados com motor 1.0). Com mais acesso à informação, as ruas daqui não exibem mais tantos unos, gols, escorts e palios como há poucos anos. Não. Esclarecido, o consumidor capixaba tem voltado-se para empresas que ofereçam versões mais potentes e(sobretudo) equipadas.
Assim tem sido com a Ford, GM, Fiat e VW. Se, há uns anos, os carros mil eram os que correspondiam por boa parte do volume de vendas, hoje, eles estão saindo em taxas que são menos da metade da produção. Em seu lugar, os carros equipados com motores maiores 1.4 e 1.6 estão atraindo mais e mais os olhares dos donos.

Mesmo no mercado de usados, tem sido interessante a retração das vendas de certos carros mais em conta. Hoje, é impossível passar por uma revenda de seminovos e não se deparar com importados e médios muito bem recheados por preços tentadores.
Se antes víamos carros mil rodando por aí, com os donos sofrendo com vidros manuais, direção sem assitência, nada de ar refrigerado, bancos duros e suspensão nada confortável, tem se tornado lugar comum depararmo-nos com veículos de 60mil, altamente equipados.
E nessa onda marcas que tentaram fazer nome antigamente sem sucesso, estão voltando com a corda toda, como é o caso da Audi, BMW, Ssangyong. Outras estão sendo atraídas para o nosso Estado, como a Land Rover/Jaguar, Mini, Smart, Subaru e Volvo.

Que essa mudança seja definitiva! Que nós possamo, também, exigir cada vez carros melhores a preços menores fabricados aqui! Chega da dinastia dos carros simples e desatualizados! Chega de pagarmos astronômicos 50mil num carro que não deveria valer mais de 25mil! Precisamos enriquecer o nosso potencial produtivo e começar a gerar tecnologia aqui. As montadoras precisam entender que nós queremos também versões mais divertidas dos nossos carros também.

NdA: é bom ver os antigos mil saindo de cena. Mas não podemos jogá-los no lixo. Seus lugares estarão pra sempre marcados nas páginas da história automobilística brasileira.

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