terça-feira, 6 de março de 2012

Um acidente. Vários erros

Um carro(sic) Celta prata colidiu contra um poste na Avenida Dante Micheline. Três ocupantes, uma morte. Chuva, areia na pista e álcool no cérebro. Combinações letais.
Seria mais um triste acidente, se não fosse uma série de pequenos detalhes. Erros que se avolumaram como uma bolinha de neve, rolando morro à baixo.
Segundo o motorista(sic), ele guiava o carro à noite, passou por um ressalto a 80km/h, freou no desespero, perdendo o controle e abalroando um poste.
Vamos começar por aí: a velocidade da via é 60km/h(sim, é baixa na minha opinião: deveria ser de 70km/h no trecho entre a Av. Adalberto Simão Nader e o entroncamento com a ES010). Só aí, ele estava 20km/h a mais que a velocidade permitida. Ele saía de uma festa. Pra quê a pressa?
Sendo analisado pela polícia, o jovem fez teste do bafômetro, mas tinha dito que bebeu cerveja (embora não especificasse a quantidade). Mais um erro. O que diabos esse povo tem que acha que pode beber e pegar um carro pra dirigir? E o pior é que os casos disso não param de ocorrer. As punições estão muito leves pelo visto.
O motorista falou, em entrevista a jornal, que não tinha habilitação. Ah, pombas! Nada contra uma pessoa mais jovem pegar num volante: muitas crianças correm de kart e naqueles carrinhos elétricos que entulham o caminho no calçadão da Praia da Costa. Mas há uma diferença entre pegar um volante e dirigir. Controlar o carro é uma coisa que quaquer um facilmente consegue(tá, não tão facilmente), mas um fedelho de 8 anos não é maduro o suficiente para entender os mecanismos do trânsito. Ele não os conhece. Não sabe como lidar com a pressão de um engarrafamento. Como não tem maturidade, tende a se arriscar mais que os outros. E dá no que dá.
O Celta não era dele. Ele pegou emprestado sem o dono ver (até onde eu sei, isso é Artigo 155). Pra melhorar a situação, o dono do carro é avô da filha dele.
Apesar de admitir que bebeu, o "motorista" recusou-se a fazer testes toxicológicos(sangue e urina). Inicialmente posto como homicídio culposo pelo Delegado Luiz Pazeto, o Coronel Nascimento do Trânsito capixaba anaisou o caso e resolveu que o buraco era mais embaixo, elevando o crime para homicídio doloso, removendo a fiança estabelecida anteriormente.

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