domingo, 25 de março de 2012

Revivendo a lenda

Quando nem se imaginavam os carros com suspensões variáveis dinamicamente, a Citroën deixou o mundo pasmo com o sedã DS. Apresentado ao mundo como a solução francesa para o correto compromisso entre estabilidade e conforto ao rodar, esse veículo surgiu com linhas arrojadas e agradáveis, sendo universalmente conhecido pelos aficionados por automóveis. Mesmo se nunca viu um na vida, jamais se esquecerá quando passar perto de um.
Versão original...
...e sua versão dub style!

Equipado com 4 amortecedores com bolsões de ar, o DS conseguia variar sua altura em vários centímetros, usando um sistema engenhoso que empregava esferas e nitrogênio. Cada suspensão era independentes a sua estabilidade era um mito: ele deixava muito esportivo comendo poeira nas curvas, na neve e na terra. Com esse desempenho, não é de se admirar que o DS logo ganhasse as pistas e fizesse muito bonito!
Dirigir o DS era algo totalmente fora dos padrões. Uma "caixinha de surpresas" pode exemplificar melhor do que estou falando: as portas não têm moldura para as janelas(algo comum apenas em alguns cupês), o volante tem um raio só, a ignição é à esquerda, o freio-de mão é no chão, o velocímetro contém uma escala com a distância de frenagem x velocidade. A ampla área envidraçada consegue aumentar ainda mais o (já imenso) espaço interno: com 3,13 de entre-eixos, ele deixava 5 pessoas confortavelmente espalhadas(coisa que carros atuais não deixam, com raras exceções). Mesmo com uma grande distância entre os eixos frontal e traseiro, seu raio de curva é o mesmo de um fusquinha!
Antes que eu me esqueça, o DS nivelava automaticamente os faróis(dependendo da carga) e os faróis orientavam-se em curvas, para o motorista não perder nenhum detalhe da mesma. Isso já em 1967!
Com tamanha aceitação na Europa, o DS teve versões mais simples(ID19), conversível, perua, turbo...
Mas e o que isso tem a ver com o blog?
Simples: o mundo está em polvorosa com a apresentação do belo Citroën DS3. Chegando ao Brasil esse ano, o belo hatch vem com muito charme e equipamentos para conquistar os seus futuros donos em potencial, situando-se entre o 500 e o Mini. Agora, se ele realmente será digno de suceder o DS, eu tenho lá minhas dúvidas.
 Segundo a Citroën, ele não irá predar o espaço do C3 e C4, mas é provável que isso ocorra, especialmente na última linha, já que a marca fala em uma "família DS". Quem tem um C4 top de linha que se prepare para uma desvalorização mais acentuada de seus veículos quando os DS3 desembarcarem...

NdA: pelo o que eu saiba, há 1 DS em circulação aqui na Grande Vitória. E foi um momento único vê-lo passar bem devagar, pelo meu lado. Silencioso, baixinho, estiloso. E cheio de histórias para contar.
Avec elegance, naturellement!

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